30 março 2006

Computador modelo Humano

"...Deus fez o homem à própria imagem e semelhança, criou o homem e a mulher..."
(cf. Gn 1,27)

Oras! E parece que o homem (ou ser humano, para tentar ser politicamente correto) também quer brincar de Deus. E assim criou-se o computador. Ou melhor, ainda está criando, pois os computadores não se parecem nem um pouco com um Homo Sapiens. Pelo menos não em termos de imagem. Mas em termos psicológicos, (se é que podemos dizer assim) o computador não se difere muito. Vejamos o seguinte exemplo: Imagine um computador novo em folha. Ele é rápido, consegue conservar toda informação necessária, mas... é burrinho. Demora um bom tempo para ensinar tudo que é necessário para que ele se torne útil. Mas quando chegar esse momento, depois de um bom tempo, ele acabara requerindo upgrades, fica lento e as vezes ignora certos comandos. Mas tarde as suas partes começam falhar. A única salvação seria o transplante de orgãos, tais como memória, fonte de energia e outros. No caso da falha do disco rígido, a situação é mais grave. Ele perde toda memória obtida até então, trazendo um sentimento de perda para a família. O processo de reabilitação é doloroso. Instalação do sistema operacional, reinstalação de todos os programas perdidos e a volta à rotina, mas com um certo ar de insegurança.

Mas a grande semelhança está no chamado sistema operacional. No caso do computador, esse sistema é necessário para o funcionamento adequado das partes do computador. É o sistema operacional o responsável em controlar o CD-ROM quando acionamos o comando EJECT no menu do Windows. Aliás, Windows é um desses sistemas operacionais. Ele permite a comunicação entre o usuário e o complexo sistema eletrônico e mecânico por trás do computador.

O Unix é a origem dos atuais sistemas operacionais. De sua costela foi criado o Windows. O Unix é rígido, robusto, complexo, confiável, mas é muito chato de usar. Ele até consegue fazer mais de uma tarefa, mas é quase impossível fazê-lo. Parece que ele faz de tudo para não fazer nada. Ao contrário, o Windows é charmoso, agradável, com cores vibrantes, multi-tarefa, mas tem um temperamento muito forte. De repente, ele se recusa a fazer qualquer coisa, tudo dá errado, se desliga sozinho, faz aquele drama.

Independente do sistema operacional, é importante saber prepará-lo para a sua verdadeira função. Por exemplo, é preciso saber organizar os arquivos e pastas para facilitar na sua administração. O computador precisa estar apto para armazenar fotos digitais, documentos, músicas, etc. Tomando como exemplo os repórteres da UBSP, eles dizem que gostam de escrever artigos, transmitir algo que possa tocar fundo no leitor. No entanto, por detrás do palco, eles odeiam armazenar seus artigos em diretórios ou pastas usando como nome a data de publicação. Alguns até confessam que armazenam na primeira sugerida pelo programa ao salvar o documento e nunca mais descobrem onde realmente foram armazenadas. É chato, entediante organizar os próprios arquivos, mas é algo necessário para aproveitar melhor todas as vantagens que o computador traz. Caso contrário, o uso deste poderia se tornar em um pesadelo, simplesmente porque não se consegue encontrar o que precisa e em alguns casos pode até resultar em perda de arquivos por engano.

E o ser humano? Ele está pronto para receber todas as informações que são fornecidas à ele? Será que em nossas mentes as informações são bem acessíveis? Em outras palavras, nós estamos prontos para memorizar de forma adequada? Parece que é certo que todos nós precisamos aprender antes de mais nada, a organizar as nossas cabeças. Mas diferente do computador, não basta instalar um software para melhorar o seu desempenho. No nosso caso é preciso treiná-la para obter um melhor aproveitamento de tudo que é aprendido. Usar a cabeça de forma organizada é fundamental.