27 abril 2013

Entrei fervendo de raiva, saí esperançoso

Não sou uma pessoa de falar de mim, mas na última quinta-feira eu tive uma experiência e tanto que eu gostaria de compartilhar com todos.

Estava indo em direção ao banco para conversar com a gerente sobre uma diferença que apareceu no meu extrato sem justificativa. A cada passo que dava em direção à sua mesa, já bolava estratégias demonstrando que o banco estava me enganando. Debaixo do meu braço, trazia uma série de papéis que me dariam suporte para mostrar a tamanha incopetência do banco e como a instituição estava me roubando descaradamente. Enfim, estava indo para uma batalha.

Ao chegar no banco, a minha gerente estava ocupada atendendo uma outra cliente. Não pude resistir em ouvir um pouco da conversa:

"Como assim senhas diferentes para acessar a conta e acessar a internet? Eu sempre fiz assim e sempre deu certo!"

Na hora pensei como a gerente estaria estressada ouvindo aquelas queixas que eu classifico como normais, afinal, são procedimentos de segurança adotados pelo banco para evitar acessos indevidos à sua conta via internet. No entanto essas dificuldades acabam complicando a vida de pessoas simples. Ou seja, um típico problema de TI.

Chegou a minha vez.

A gerente me atendeu, expliquei a minha situação, ela entendeu o meu problema, mas infelizmente ela não podia fazer nada no momento. A única solução foi encaminhar o problema para o departamento de TI e esperar entre 2 a 5 dias por alguma solução. Simplesmente assim. Acabou a conversa.

No entanto a gerente me perguntou o que a empresa onde trabalho faz. Comecei a explicar que a empresa desenvolve simuladores para treinamento de profissionais de navegação marítima e portuária. Comecei a me empolgar sobre o assunto e acabei fazendo naturalmente uma propaganda do meu serviço. Naquele momento eu vi que a minha atitude foi fantástica. Afinal, ao invés de extravazar toda a minha raiva sobre aquela pessoa que não deve fazer a mínima idéia sobre o que o pessoal de informática no banco faz, compartilhei a minha empolgação. E isso me fez feliz, simplesmente. Naquele momento eu pude ver que eu posso fazer uma pequena diferença e fazer com que as pessoas com quem eu convivo possa viver melhor, simplesmente porque eu estou muito bem com o meu trabalho.

O trabalho não é fácil. Volto tarde todos os dias pra casa. Aparecem problemas que eu nem gostaria de saber que existem, sou pressionado quando a coisa não anda... Mas, tem pelo menos 1% de algo no que eu faço que me motiva a continuar lutando. E é esse 1% que gera uma energia positiva que faz com que eu a espalhe para todos.

Eis a mágica. A felicidade está naquele 1% da sua vida, mas é o suficiente para me manter lutando sempre.

08 abril 2013

Bezerro de ouro

Banalização da violência, orgia política, medo, adoração de símbolos fúteis...

A sociedade esteve se desenvolvendo socialmente e tecnologicamente. Vivemos hoje um mundo globalizado, onde conseguimos qualquer informação de forma rápida. No entanto já não estamos mais valorizando essas informações. Se está disponível, então podemos encontrar fácil. Informação fácil é banal. Até a nossa mente ridiculariza o seu conteúdo. Estamos formando uma sociedade de idiotas. E isso não é algo exclusivo da sociedade brasileira. Notícias dizem que a "idiotização" é mundial.

O que está acontecendo? Entendo que a sociedade está mudando, mas estamos mais modernos? Hoje o que nos mostra que estamos nos tornando mais inteligentes? A internet? Eu esperava que sim. Mas o que se imaginava que os pilares do conhecimento fossem elevar a humanidade, aparentemente o homem não sabe mais o que fazer. Não conseguimos erguer novos pilares. Nos tornamos novamente em uma nova torre de babel.

Um grande exemplo disso é a grande patologia social representada pelo fenômeno do animal de estimação. Muitas pessoas defendem a humanização do animal a melhorar a sociedade. Ridículos são aqueles que cegamente defendem os animais de maus tratos e ignoram o crescimento da violência, pois o problema é grande e acha que não dará conta de resolver. Problemas com animais são mais fáceis de resolver. Dificilmente haveria processo judicial, ou mesmo violência doméstica.

Estúpidos são os adoradores de animais, que alimentam o crescente mercado de bichos de estimação que ironicamente tratam animais como um bem material.

Cadê a atitude democrática para derrubar os donos do Brasil que nós mesmo os elegemos para nos fazer de bobos? Não importa a orientação sexual, cor, condição financeira. Mas é preciso urgente adquirirmos a consciência social. Trazer novamente condições para que a sociedade se desenvolva, com novos pilares para um futuro melhor.

Idiotas os defensores dos animais. Se nos desenvolvermos como humanos, teríamos respeito por outros seres e principalmente respeito pelo seu semelhante. Pura e simplesmente assim.