01 junho 2006

Vovô na trilha da informática


Muitas vezes ouvimos de pessoas idosas que o computador é inútil, ou que é obra do diabo, ou mesmo um mero brinquedo. Do ponto de vista de muitos deles é que o computador não é uma ferramenta de trabalho assim como o martelo ou o serrote. Ou seja, daquela pequena caixa com uma televisão acoplada nada entra ou nada sai. A única coisa que se pode observar é uma pessoa apertando botões e produzindo cliques frenéticos (o apertar do botão do mouse). Como alguém pode chamar isso de trabalho?

O que os jovens normalmente pensam é que hoje os tempos são outros. Vivemos a era da informação, numa corrida a velocidade da luz. Os jovens estão tão excitados com a velocidade que quando dão de cara com uma observação dessas, eles simplesmente ignoram e cada um segue o seu caminho. Já parou para pensar em apresentar o tal computador para essas pessoas da terceira idade? Digamos, não simplesmente apresentar o computador como ele é ou como os documentos do word ficam mais bonitos. Bom, isso de fato são interessantes, mas hoje se pode fazer muito mais.

O computador hoje é um equipamento tão importante quanto o telefone foi alguns anos atrás. Mas o mais importante não é o aparelho telefônico, isto é, o computador em si. O mais importante é o que se pode fazer com ele. Vamos citar aqui um exemplo. Um japonês imigrante que vive em São Paulo teve a chance de usar o computador conectado à internet. Ele era uma dessas pessoas que diziam horrores sobre aquela caixinha eletrônica. No entanto, ele recebeu algumas aulas de computação e hoje ele recebe e envia e-mails para o Japão. Além disso, ele acessa jornais japoneses e assim pode ler sobre o país e o mundo na sua própria língua. A oportunidade foi dada e o resultado é que este senhor conheceu mais um novo canal de informações. O resultado é que o computador, juntamente com uma conexão de internet, se tornou em uma ferramenta bem empolgante.

Muitos idosos se mostram contra o computador. Talvez se mostrar o que podemos fazer com ele, a forma como pensam a respeito poderia mudar um pouco. E então jovem? Que tal convidar o seu avô para uma partida de xadrez online? Talvez seria você o surpreendido.

Comentários sobre comentários - no.10

DEZ!!! A UBSP alcançou a marca de DEZ posts de comentários! Todo pessoal da edição agradece a audiência e carinho de todos vocês leitores! E esperamos que fique conosco por muitos posts.

Na trilha da Bota - Katsushika
Atualizar-se é importante. O Japão conseguiu grande desenvolvimento pós-guerra e a sua devida autonomia. Mas ultimamente, o país está se ocidentalizando por conta de seus jovens.. Ouvi dizer que americanos são reverenciados pelas japonesas. Toda aquela bela cultura parece estar sendo esquecida pela juventude atual. Modernizar-se é bom, desde que sua origem nunca seja esquecida.
Então Katsushika está salva dessas mudanças toscas??

Ah vc me deu uns chaveirinhos do "Otoko wa Tsuraiyo"!Significa " homem sofre"? hehe é tão sugestivo que virou uma série! Mas fiquei curiosa em assistir..

Bjins!
Fairynha


Sobre a ocidentalização dos jovens, acreditamos que isso não é uma exclusividade japonesa. Se abrirmos bem os nossos olhos, veremos que por exemplo no Brasil, mais e mais a cultura americana está mais incorporada principalmente nos jovens, uma vez que podemos observar que muitos ouvem música americana e consome as guloseimas de lanchonetes de mesma origem. Hoje, do ponto de vista da bota, entende que devido à rendição japonesa para os americanos, muitos costumes da terra do tio San foram inseridos no país. Esse fato possibilitou a entrada de outros países. Hoje, pelas ruas de Tokyo, podemos encontrar bolsas da Louis Vuitton, chás finos da inglaterra (no Japão se bebe até chá com leite!) e podemos encontrar até as melhores botas italianas para trekking! A música está cada vez mais diversificada, mas não herda em geral da música americana. Os carros trazem traços franceses e não da Ford.

Enfim, o que se observa não só aqui, mas na maior parte do mundo, é o fenômeno da globalização. Se isso é bom ou não, depende de cada um no presente. Preservar a antiga cultura seria muito bom, mas não seria muito aplicável para os dias de hoje, em um mundo capitalista tão competitiva. O que se pode fazer? Uma solução foi dada pelo povo de Katsushika, que transformaram a cidade em um museu ao ar livre.

"Otokowa tsuraiyo" poderia ser traduzido como: a vida do homem é dura... e a série encanta todo e qualquer público. Se quiser terminar de assistir um filme com um belo sorriso no rosto, nós recomendamos esse filme.