Quando criança, vivemos uma vida à mil por hora. Grita aqui, corre para lá, cadê o Natal que não chega, o dia das crianças ainda está longe, para os 18, ainda falta um montão... Como gostaria de comprar aquela Playboy...
Bom, com o passar do tempo, o nosso desejo pela velocidade se mostra inversamente proporcional ao tempo. Quanto mais vivemos, mais parece que o tempo realmente está correndo mais rápido. Se pensarmos bem, como conseguimos estudar história, geografia, matemática, química e até aquela aula chata de Educação Moral e Cívica tudo junto?! Hoje, se estudamos uma única matéria, já sofremos o bastante. É lógico que com a idade, o ser humano tem um conhecimento maior, e por causa de toda essa intelectualidade, ela consegue estudar uma matéria de forma mais completa, mais interpretada e minuciosa. Mas perdemos tempo... Já não existe mais aquela vontade de fazer mil coisas, de rezar para que tal compromisso termine o mais rápido possível. A idade mostra que o tempo não é constante. Mas ela é relativa e faz jus à teoria da relatividade de Einstein. Mas ela é lenta, mas significativamente acelerada. A eternidade que sentimos quando criança, se torna em um segundo quando adultos. Quando crescemos, desejamos que o tempo corra mais devagarzinho.
Devagar para não ver os próprios cabelos brancos, ver as pessoas que gostamos envelhecendo... e o pior, adoecendo... O tempo é impiedoso, mas precisamos enfrentá-lo. James McLurkin (M.I.T.) dá uma interessante definição do tempo: "Time is a resource that is more precious than any other resource I've got.".